Leia aqui um poema de "a porta atrás da porta", de Emerson do Couto B. Vieira:
UBIQUIDADE
Estive perto…
De quê?
Quem pode responder
Não se abriga de mim
Como me proteger
Do tempo que ocupo
Se não há culpa no que passo por suposto
Na retórica do espaço?
Semelhança… se não há
Ouve o tempo que te ouve à voz
Do que pensas do que falas ao que houve
Parametricamente invisível
Investido de ubiquidade
Ao vento do que passoou
E apenas a sua sombra eu soou
Entre a pergunta e a porta de tudo
À margem de nada
Somente que espera, outra vertigem
Agora promessa
Aonde vou, aonde voou…
Termos do que se espera esquecendo:
Porta teu cajado, filho meu
Porque ele não te serve de nada
Deita, outra vez, a mão ao lado
Tens a ideia que te ilumina um quarto escuro
Permanece assim.
Aonde vou?
a porta atrás da porta, de emerson do couto b. vieira
Emerson do Couto B. Vieira nasceu em Nilópolis/RJ em 1985, mas, atualmente, vive em Bagé/RS, onde trabalha como revisor de textos na Universidade Federal do Pampa. Desde 2012, está no serviço público federal. O autor trabalhou por dez anos como consultor de avaliações freelancer para a Fundação Getulio Vargas Online e também como professor de Português e Redação no segundo segmento do Ensino Fundamental. É mestrando do Curso de Letras pela Universidade Federal de Pelotas. Além de poeta, é letrista e baterista, com atuação no cenário do rock independente carioca. Perfil do Instagram para contato: @emersondocouto.