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Leia aqui um poema de "arqeaqa", de Cássio Vássil:

 

OBLÍTERO

 

Vai deixar

Palavra viva

Quando morta

A terra entrar

Mas palavra

Também morre

Nada aqui

 Há de ficar

 

Pedras batem

No infinito

  Movimento circular

Algo no Nada

Entretanto

  Aparece para estar

 

  Átomos

Peregrinando

Entrechoque

  Intramente

Elo entre os dados

Desenganando

Flor do contato

  Livre a corrente

 

Ser em solo

O sol me assombra

Quente demais

Colo e descolo

Sem brisa

Ou onda

 

Mas me movo

A cada passo

Acaba o dia

Cresço e nasço

Obliterar-me

Voltar da cinza

Desvaziado

Sendo ainda

 

Não obstante

Instante apenas

Além de mim

Há isso Tudo

Sig(n)o adiante

Em outros sistemas

arqaeqa, de cássio vássil

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R$ 45,00Preço promocional
Quantidade
  • CÁSSIO VÁSSIL nasceu em Fortaleza na metade dos anos noventa, mas cresceu em Acaraú, litoral oeste do Ceará. Virou jornalista e hoje trabalha como operário do discurso, mas também já foi músico e professor, tudo na Terra do Sol. É fascinado pela busca. Durante muito tempo quis desencobrir a máscara da vida. Escrever poesia deve ser uma reminiscência desse desejo. Nas horas vagas também atua como fabricador de tramas, adepto dos circuitos do sentido e observador do mundo.

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