Leia aqui um poema de "bentágua", de N.N. Ferreira:
Loucaflor
Muito seguro eu ouço melodias de silêncio
Entre os meus pensamentos ela coube em menos de
Um segundo
E os raios azuis invadindo minha sala escura outra vez
Apenas um vício novo
Os loucos sons do amor outra vez
Por bem e por mau dentro de mim estou entregue
Para uma loucaflor com grandes beijos
Para uma loucaflor com grandes beijos
Caindo para os seus gestos
Perdido entre todas as suas coisas
Dando os braços para o invisível
Certo que está dentro dos olhos dela
A verdade que protege o meu universo
Eu toco com um desejo simples o solo virgem dos sonhos
Sem hesitar e sempre à espera da chave
Que ela guarda para abrir os dias mais bonitos
Ao fundo do céu brilhante nos seus negros e longos cabelos
Mesmo conformado aonde nunca cheguei
Sem mesmo as pétalas de papel carbono
Perdendo o jogo sem mostrar as cartas.
bentágua, de n.n. ferreira
N. N. Ferreira, nasceu em abril de 1988 na Asa Sul em Brasília. Além de poemas, escreve contos, gênero com o qual estreou na literatura. É entusiasta de cinema e futebol. Das narrativas mais engenhosas dos grandes até as inéditas que procuram instrumentos humanos que estão destinados a contá-las e não sabem disso, eis o mundo que para si possui o gosto ímpar da criação.