Leia aqui um trecho de "o anjo metropolitano", de André Gustavo:
Por bastante tempo, a humanidade esteve e, ainda se questiona apenas em assuntos sobre o futuro, a questão é: O que nos aguarda?
Essa pergunta não pode ser respondida, nem por mim, nem por você e nem por qualquer outra pessoa, não se pode tentar o passado e nem o futuro, pois se trata de um conceito imprevisível. A linha do tempo e o próprio tempo em si, não existem, são apenas uma forma de nos organizarmos com o passar das coisas. Supondo haver uma barra condutora de qualquer metal, e nessa barra percorrem descargas elétricas, o metal representa o tempo e a corrente somos nós, algo passageiro; efêmero; transitório.
Ou seja, o metal está ali, ele não se move, não se altera, diferente da corrente elétrica que é o oposto, não dá para mergulhar dentro da barra, não se pode adentrar, enquanto a corrente, pode se alterar. Quem se move, somos nós, o tempo está parado, impossibilitando realizar alguma ação em algo imóvel. Apenas nós envelhecemos. Entretanto, uma descarga pode ser tão poderosa a ponto de derreter o metal. O que será esse evento e, o que ocasionará o fim de tudo afinal?
o anjo metropolitano, de andré gustavo
André Gustavo é um jovem de 23 anos, natural da capital de São Paulo. Atualmente, está cursando o bacharelado em Artes Visuais.
Através de seu olhar e ponto de vista artístico, ele imagina e expressa seus traços artísticos através das palavras. A sua inspiração para obras provém de uma fusão da estética pós-moderna e questões contemporâneas, como política, tecnologia, sociedade e outros assuntos afins, sempre muito inspirado pelas grandes obras e clássicos da ficção científica.