Leia aqui um poema de "somos pó-esia", de Stefânia Pimentel:
FOLHAS DE ALÍVIO
É como se o instante fosse o único movimento constante que nunca existiu e para sempre existirá...
Paz, Clarice dá pás,
Que cavam as mais áridas areias que pesam um coração.
Um ser e não ser na mesma sentença,
Uma brecha de ar entre os entres,
São correntes de ar nas ambivalências.
A chaminé se abre e se fecha,
Como um livro que abre e que fecha,
Fecha com as duas palmas, bem fortes,
Um bafo!
Sonoplastia do sentimento de alívio.
De respiro.
somos pó-esia, de stefânia pimentel
Stefânia Pimentel tece o elo entre a essência humana e a arte da palavra. Formada em Psicologia e especialista em Psicanálise e Análise do Contemporâneo pela PUCRS, ela explora a poesia como uma forma de coexistência, um respiro em um mundo de ritmos impostos. Para a autora, escrever é criar um tempo de dentro para fora, oferecendo um refúgio, uma sublimação, das angústias que nos atravessam.