Leia aqui um poema de "azul, da cor de marte?", de Maria de Sousa Morais:
A linha entre a vida e o vento
A folha verde, que cai da relva mais alta, me mostra a força do vento.
Vento esse que traz de longe os sussurros, que movimenta as árvores, as roupas no varal e que nos entregam a sensação de estarmos vivos.
Viver é conseguir perceber que o vento que bate em mim, bate em outro, diferente de mim.
A brisa nos meus cabelos, transformam-se em tempestades nos meus vizinhos do norte. Essa brisa diz para mim que estou viva e aos meus vizinhos, trás a morte como ferida.
O vento é o senhor das emoções à flor-da-pele. Ele representa o movimento das estações do ano, o levantar da noite e a mudança do clima.
O senhor vento é a paz da beira da praia e é o barulho do silêncio de quem anda sem companhia.
Sentir o vento é saber que sua pele ainda é capaz de deixar-se levar pelas sensações do ambiente. É parar para perceber, ainda que só por um instante, que o tempo passa
inconstante.
Quando me sinto perdida, sinto o vento e sei que meus neurônios ainda me comunicam que, em algum lugar, eu ainda sou capaz de olhar para a simplicidade da vida.
azul, da cor de marte? de maria de sousa morais
Desde muito jovem, Maria sempre foi apaixonada pelo Universo e pela natureza, compreendendo que o criticismo científico é essencial para a evolução positiva da vida na Terra.
Em paralelo ao seu amor pela Ciência, havia uma outra paixão avassaladora dentro de si, pela Escrita Criativa.
Olhando para o céu e estudando sobre o Cosmos e sobre a vida na Terra, ela entendeu a importância de cuidar de nosso planeta e de lutar por um mundo melhor.
Portanto, suas obras são as suas ferramentas para unir a Ciência com a Arte e incentivar os seres humanos a serem capazes de entender o papel fundamental de conhecer o mundo e realidade ao seu redor, porém, sem jamais esquecer do que há de melhor nesse Universo: a vida e o amor.