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Leia aqui um trecho de "cone fronteira", de Jaminho:

 

Minha vida seguiu os rumos: troquei o torito, a pandorga e o pião pelos livros, os discos, o bozó e o carteado (truco ou pife). Amigos vieram e se foram, gente nasceu, gente envelheceu, morreram muitos, persistem outros tantos. Até este dia de ontem: oito de dezembro de 2018 (nublado e ameaçando chuva, quarenta e cinco anos depois), quando abri meu smartphone e lá estava no Facebook um convite de amizade de Nilo Reis.

   Fui conferir seu perfil, vi algumas fotos (ele velho, um ancião, nos cliques mais atuais); noutra com duas mulheres bonitas que devem ser suas filhas; com as filhas e a esposa, numa festa de formatura; com a esposa na frente da igreja vestidos de noivos; noutra sozinho, ao lado de uma camionete, et cetera et cetera et cetera.

   Observei que ele já havia curtido alguns textos meus postados na rede social, também a postagem das capas de cinco dos meus livros. Cliquei em “aceitar”. E estou pensando: Será que ele se lembra (ou o quanto se lembra) dessa história ainda? Che manduavo. Será que até hoje guardou e possui a imagem da Santa? Será que vai gostar de ler e lembrar-se desta história num livro?

cine fronteira, de jaminho

R$ 50,00Preço
  •        James Jorge Barbosa Flores – Jaminho – nasceu em 08 de janeiro de 1965, é natural de Guia Lopes da Laguna-MS; capricorniano com ascendente em aquário; escritor, professor durante 26 anos (ensino médio/graduação); é graduado em Comunicação Social, pós-graduado em Turismo e Meio ambiente. Pesquisador da história e cultura do Mato Grosso do Sul nas quais mergulha e se embrenha para transformá-las em narrativas e relatos ficcionais versando sobre os elementos culturais identitários e simbólicos do MS. Já publicou 10 livros de contos (também em antologias e na revista Piúna, editada pela UBE-MS, do qual é membro), entre os quais: Punhal Enluarado, Chiado books; Guarânias dizem adeus e Tereré sem anestesia – Ed. Telha; Mitologia Pantanal – Ed. Urutau.

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