Leia aqui um trecho de "disso eu sempre me lembro", de Luciana Florenzano:
Para o bem e para o mal, a escrita faz coisas acontecerem. Que o diga Louis Leroy, o crítico responsável por dar nome ao “impressionismo”, movimento artístico considerado pioneiro na arte moderna. Leroy fez uma critica ao quadro de Monet intitulado Impressão: Nascer do sol e, quando se referiu ao grupo de pintores que buscavam romper com a tradição acadêmica e representar a realidade tal como eles viam, os chamou de impressionistas. Era 1874 e Leroy escrevia para o jornal francês Le Charivari, com importante divulgação e notório reconhecimento. Nada disso foi capaz de fazer com que ele acertasse no seu julgamento crítico, embora de certa maneira, ele tenha acertado na sua colocação. A crítica escrita por ele foi infeliz, mas deu identidade e fama ao impressionismo. Malditos críticos... Ops, benditos críticos!
disso eu sempre me lembro, de luciana florenzano
Luciana Florenzano nasceu em Belém, no Pará, em 1989 e se soltou de suas raízes em 2012. Morou no Espírito Santo, na Bahia e no Rio de Janeiro até chegar à Santa Catarina. Mora em Florianópolis desde 2020. É mãe de gêmeas, arquiteta e urbanista, doutora em patrimônio-teoria-crítica e especialista em história da arte. Ela se intitula eterna estudante, tem o gosto pelas palavras e por inventar abordagens transversais em suas crônicas. Também se diz entusiasta dos começos e de explorar os porquês, embora a frase formal seja que ela analisa o presente para buscar significado nos fenômenos, sejam esses relacionados à arquitetura, à arte ou à sua vida. Seu currículo diz que ela faz crítica de arte e de arquitetura e que luta pela preservação do patrimônio cultural. Seu coração diz que ela só consegue fazer isso escrevendo.