Leia aqui um poema de "do amor só sei seu nome", de Felipe Matheus Silva Alencar:
Odeio o amor,
e isso que me causa
Odeio esse sentimento de livros
E como isso me afeta
Odeio me sentir fraco
E o modo como seu olhar me pega
Odeio perfeitamente suas mãos na minha nuca
Quase cronometradas perfeitamente para estarem ali sem um motivo aparente
Odeio esses meios de você se tornar raiz
Odeio o amor e o que ele causa comigo
Me deixando tonteantemente fraca
Me inebriando de uma cerveja barata qualquer que você trouxe num saco vagabundo de uma esquina aí
Odeio esse sentimento raiz que perpetua em peito
E de raiz taco muita água
Com o intuito de apodrecer
E por fim
Morrer
Odeio as palavras fincar/findar
Que espetam como espinhos de um cacto que pousa no meu lábio
E não me deixa esquecer
Essa fraqueza que me corrói
(Principalmente longe de ti).
do amor só sei seu nome, de felipe matheus silva alencar
Felipe Matheus Silva Alencar [@fmatheus13] é graduado em Letras – Língua Portuguesa / Licenciatura pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Professor, fotógrafo, artista visual, bordador, aquarelista, entre outras coisas. Como poeta, procura desvendar linhas e se aventurar nas palavras. Seu processo literário foi conduzido por inúmeras perguntas sem respostas, ou palavras que perseguem sua trajetória. A obra Do amor só sei seu nome segue sendo sua segunda aventura literária, ou sua pesquisa sobre amor/saudade. Escreve crônicas, poemas, romances em suas horas lotadas, e vagas, odeia a palavra “necessidade”, mas tem outras vezes que se esbarra com ela.