Leia aqui um poema de "ecos da mente", de Giovane Santos:
Incandescente escuridão
Nessa incandescente escuridão,
Com tudo que permeia o coração,
O brilho da eternidade seria a salvação?
Dias, meses, anos, ciclos infinitos,
Horas incontáveis de sacrifícios.
Os mares vermelhos se tornam prescritos.
Um chinelo, um tênis, um sapato, percalços,
Movimentos, avanços, descansos, exaustos.
Desmistifique e desamarre os cadarços.
Batalhas, lutas e guerras internas.
Não ande, corra rápido como as feras.
A roda gira, mais rápido do que desejas.
O dia, à noite, a imensidão,
O verão, o inverno, a vastidão.
Viver não deve ser em vão.
A mãe, o filho, o irmão,
O pai, a avó, o pulsar do coração.
O avô, a tia, a criação.
O mar, a calmaria, o furacão,
A pesca, o peixe, a tribulação.
A adrenalina, a serotonina, a perfeição.
O desconhecido, o medo, a indecisão,
A causa, o causador, a frustração.
O leite, o café, a refeição.
O amigo, o inimigo, a percepção,
O trabalho, o dinheiro, a solução.
A cruz, a espada, a oração.
ecos da mente, de giovane santos
Giovane Santos nasceu em Campo Largo, Paraná, em 1987, onde reside até hoje. É poeta, microcontista e cronista. Técnico em informática, trabalha na Câmara Municipal de sua cidade, onde aprendeu que a poesia também vive nas entrelinhas da rotina. Inspirado por Bukowski e pela fé em Nossa Senhora Aparecida, Giovane escreve sobre o cotidiano, a alma e o silêncio. Casado com Franciele é pai de Clarice e do Pedro, dedica à família e à escrita as mesmas doses de amor e paciência. Ecos da Mente é o seu primeiro livro de poemas.

