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Leia aqui um trecho de "eu estou acordada onde mulheres morrem", de Ana do Vale:

 

Você está sacudindo os punhos e tremendo os dentes. Eu sei: Você não quis ser cruel. Isso não significa que você foi gentil.

 

Eu também não sei como permanecer suave com tanto sangue na boca.

 

Peço que algo me leve de volta. Faça de mim alguém que nunca foi machucado. Vá o mais longe que puder. Faça de mim algo novo. Sem hematomas. Sem cicatrizes.

 

Todas as filhas se transformam em cães sedentos de sangue depois de anos lambendo suas próprias feridas e mordendo a língua, mas em Janeiro parece que algo está se desprendendo daqui, enquanto algo ainda têm suas garras dentro de mim.

eu estou acordada onde mulheres morrem, de ana do vale

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  • Ana do Vale é arte educadora, brincante da cultura popular e artista visual não binária e com deficiência múltipla que trabalha atualmente também com Acessibilidade Cultural. Tem formação em música (Teoria Musical, Violino e Clarinete) pela Casa Talento/RN e Grêmio Musical Henrique Dias/PE. Integrou a Orquestra Talento como violinista e a Bigband de sopros (Choro e Frevo) do Grêmio Musical Henrique Dias como clarinetista. Atualmente cursa Licenciatura em Artes Visuais pela Universidade Federal da Paraíba.

    Em João Pessoa/PB passou a fazer parte do Coletivo Maracastelo, onde participou como aprendiz das oficinas de confecção de Alfaias e Agbês com Angela Gaeta e ministrou oficina de confecção de agbês na Casa 09 em Pium/RN, espaço que acolhia oficinas e eventos culturais em 2017. No coletivo integrou também o corpo do batuque no Agbê e Mineiro. Foi também participante durante o ano de 2017 do grupo Teatrália Contos, fazendo a sonoplastia e os figurinos dos espetáculos que eram apresentados tanto em espaços de cultura da cidade como em escolas e instituições.

    Sua experiência em arte educação esteve inicialmente mais ligada a oficinas e vivências em espaços informais nas cidades de Natal/RN e Olinda/PE (fazeres relacionados a música, cultura popular e artes/artesanato) como aprendiz e posteriormente como voluntária e em seguida fez parte como arte educadora de projetos de docência ligados a Universidade Federal da Paraíba (PROBEX/PIBID) e Ponto de Cultura Coletivo Maracastelo. Trabalhou com questões voltadas à Acessibilidade no Memorial Abelardo da Hora (FUNESC/PB) e faz parte como voluntária do grupo de pesquisa Arte, Museus e Inclusão (Cnpq-UFPB).

    Atualmente é também criadora do movimento de lambe-lambes #pcdsputos que  tornou-se uma série de camisetas anticapacitistas. É criadora do jogo Exposição Cancelada, jogo para trabalhar acessibilidade atitudinal desenvolvido para Casa de Ciência e Exposição Cidade Acessível RJ. Seu fazer artístico permeia sempre a musicalidade e a poesia, sendo uma artista de diversas experimentações.

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