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Leia aqui um trecho de "eu sou problema meu", de Carolina Semenaro:

 

CANSADA

Eu estou tão cansada. Eu definitivamente extrapolei os meus limites essa semana. Eu briguei comigo mesma em uma segunda- feira às 4h40 da manhã. Eu andei me olhando muito no espelho e encontrei defeitos que até Deus duvida. Eu olhei no fundo dos meus olhos e enxerguei o breu e o pavor de viver a vida. É estranho dizer mas possivelmente eu morra de medo de ser feliz. Eu estou me destruindo. Aos poucos virou pó. É engraçada essa minha ladainha Existencialista eu nem tenho a plena consciência de mim mesma, mas o básico me sufoca.

Eu tenho um pouco de raiva de mim. Raiva o suficiente para me auto sabotar a cada escrita, mais de 100 poesias sobre o amor e nenhuma delas é sobre o amor próprio. A madrugada tem me mantido em seu eterno cárcere das 4, até quando perderei o ar nesse maldito horário?

O quão louca eu preciso ser, para finalmente ficar sã? Quão despedaçada eu preciso estar, pra finalmente ser consertada? Eu não aguento mais me despedir de mim mesma. Eu não suporto a ideia de viver sem fé. Às vezes me pego questionando cada pedaço da santa existência. Eu estou tão cansada. Eu definitivamente extrapolei os meus limites nesses últimos meses. Eu me odiei exageradamente no sábado às 6h30 da manhã e provavelmente no domingo repudiarei a minha medíocre existência.

eu sou problema meu, de carolina semenaro

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  • No dia 24 de março de 2002, o mundo recebeu um presente poético e divertido. Meu nome é Carolina, tenho 23 anos.  Desde que eu me conheço por gente eu gosto de ler e escrever. Nunca fui propriamente boa com a verbalização direta, então sempre encontrei na escrita e nos desenhos um lugar de descanso. Meu primeiro interesse artístico foi Tarsila do Amaral. Eu olhava o Abaporu, com inveja. Eu pensava sozinha no auge dos meus 4 anos de idade: Se aquele homem estranho era arte, por que eu não poderia ser?” Éramos parecidos no meu ponto de vista e meu sonho era ser um quadro dela. Anos depois ganhei meu primeiro livro de poesia de uma bibliotecária que levarei em meu coração para sempre. Cecília Meireles, minha maior inspiração. Depois conheci, Mário Quintana, Flora Figueiredo e Maria Carolina de Jesus. Anos mais tarde fui abrindo os meus horizontes para a literatura e inglesa até chegar na minha trindade literária: Emily Brönte, William Shakespeare e George Orwell.

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