Leia aqui um poema de "mármore na fumaça", de Felipe Schirato:
VOU PELAS ESTRELLAS NEGRAS
as noites desenham na fumaça verde que
baila na loucura
em festa em crise
as noites nadam nos vários pontos cinzas que
bailam e bailam entre os SEUS olhos
minha pele retarda o VOCÊ que me falta
meu jardim canta mil vezes SEU nome
se SEUS olhos cinzas pudessem me ver…
aqui amor se o amor
entre as noites fumaça e dança
entre as noites ou eu ou o escuro
há fogo por todo o bairro
aquilo que VOCÊ me contava sobre os meus sonhos
mármore na fumaça, de felipe schirato
Felipe Schirato, paulistano nascido em 2002, é um aventureiro da poesia. Entregue ao verso desde a adolescência, busca na escrita a beleza transgressora de suas formas e se apaixona, de modo visceral, pela causa perdida em que a arte insiste em sobreviver. Cultiva uma escrita imagética, inquieta, marcada pelo desejo de provocar deslocamentos.
Entre leituras e experiências poéticas, dedica-se a construir uma obra que celebra o risco, a intensidade e a vulnerabilidade, dialogando com múltiplas tradições literárias.
Atualmente, é mestrando em Estudos de Literatura na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

