Leia aqui um poema de "nua e crua", de Amanda Rosa:
BEM-ME-QUER
Sangue, suor, saliva
Entranhas
Quantos glóbulos vermelhos
Somados a um e
Despejados no ser
Ser vivo
Ser puro
Ser cor
Ser escuro
Ser pobre
Ser rico
A vida que nasce
Do sujo, do nojo, do abuso
Teu sangue tão límpido e cru
Teu sangue tão cheio de “tu”
Nessa identidade
Destituída de odor
Corrente nos átrios
nua e crua, de amanda rosa
Amanda Rosa, nome de ser amado e de flor. Ribeirinha rondoniense nascida e criada na cidade da Madeira-Mamoré, ora moradora do norte ora do mundo. É engenheira civil, empreendedora no ramo da construção e da alimentação vegetariana, e na escrita encontrou seu refúgio – de sentimentos e de exatidões.
Expõe, com voracidade, o próprio cerne em seu livro de estreia Nua e Crua, rasgando-se e se refazendo diante do leitor a cada página.