Leia aqui um poema de "o caos que sou eu", de Carlos Henrique Costa:
O QUE EU ME TORNEI
Eu me tornei alguém que não reconheço,
alguém que se esconde,
que finge estar bem quando a tempestade
rabisca tudo por dentro.
Eu não sei mais onde começa o que sinto
e onde termina o que espero.
Eu sou uma contradição,
um reflexo distorcido
daquilo que um dia fui.
o caos que sou eu, de carlos henrique costa
Nascido no interior potiguar, Carlos Henrique Costa carrega em si a força de suas origens. Ele cresceu cercado de amor, um afeto profundo que o moldou. É dessa sensibilidade, nutrida desde cedo, que nasce sua vocação para a enfermagem.
No entanto, sua história mais íntima é contada de outra maneira. Para ele, a escrita não é uma escolha artística, mas a única forma de traduzir o que o habita; uma necessidade vital para dar contorno às emoções que, de outra forma, permaneceriam indizíveis. Por anos, ele guardou seus trabalhos, até que um deles se tornou inadiável. O Caos Que Sou Eu não foi uma escolha, foi uma urgência. Pela primeira vez, um livro o representava por inteiro, como um espelho de sua própria alma — com toda a vulnerabilidade, a beleza e o caos de ser quem é.
Este livro é a expressão de seu movimento mais honesto: a coragem de transformar o que o atormenta em palavras, na esperança de que sua verdade possa, de alguma forma, tocar e acolher outros corações.

