Leia aqui um trecho de "o livro de débora", de K.J Souza:
Foi graças àquela matéria que eu tive a certeza da minha condição, porque o que entorpece meu cérebro é matar, ou melhor, eliminar monstros. Eu gosto de caçá-los e de matá-los, porém sei que isso não é social nem moralmente aceitável — embora devesse ser.
Eu me chamo Débora. Vou usar esse nome apenas por um período, pois ele é falso — como a maior parte da minha vida. Sou uma mulher comum, formada e trabalhadora. No emprego, busco ser cordial e agradável com todos, o que é fácil em uns dias, mas não em todos. Não tenho namorado, amigos ou redes sociais; escolhi ser assim, pois, se fosse de outra forma, acredito que minha máscara cairia. Refiro-me àquela máscara social que todos usam — só que a minha é um pouquinho diferente da sua.
o livro de débora, de k.j souza
Administradora de formação e residente em Muaná-Marajó/Pará, Kerolene Souza, ou KJ Souza, custou a acreditar que as fantasias que tinha quando andava de ônibus em Belém poderiam se tornar boas histórias. Em 2017, se aventurou no mundo das fanfics e, diante da boa recepção, decidiu se aprimorar e levar a sério a vida de escritora.
Seus primeiros contos foram publicados em 2019, e, entre revistas, livros físicos, antologias e sites, já acumula nove publicações. Escritora eclética, KJ transita entre os gêneros literários com facilidade, porém, não esconde sua preferência pelo bom e velho romance policial. Suas inspirações e escritores prediletos são Rubem Fonseca, Stephen King e Lygia Fagundes Telles.