Leia aqui um trecho de "odesquecimento", de Ísis Odara:
meu notebook morreu mais uma vez. tem algum tipo de lesão que pode surgir por digitar nesse tecladinho do celular e isso já doi. Minha tranquilidade considera esse incômodo e bem por isso é suave. Tecer no metal in-interruptamente com esses ossos e músculos das mãos e antebraços e ombros e clavículas etc. Os algoritmos não pensam por mim mas tão ai calculando. Escrevi muito de Memória Rã entre blocos de notas, soterramento de anúncios, protestos de silêncio, ruídos e risadas no silenciamento, nhenhenhem e conversas sem fim com a interface (link na bio). Esse poema não acaba e não começou com um manifesto, tem protesto mas não termina com protesto. Não escrevi o poema pensando na publicidade.
odesquecimento, de ísis odara
Ísis Odara. (Curitiba, Paraná – Brasil 31/10/1995). Poeta, artista visual, fotógrafa, mediadore, dançarine, Artes Visuais [2014] e Dança [2021] Faculdade de Artes do Paraná FAP Unespar. Solar do Barão. Museu Da Gravura de Curitiba. Museu da Fotografia de Curitiba. Gibiteca de Curitiba. Bienal Internacional de Curitiba.