Leia aqui um trecho de "palavras ao vento", de Fernanda Quadros:
Sonho de esperança
Seria bom poder abraçar o mundo com asas maternas
E sentir o perfume da paz
Seria maravilhoso espalhar confetes de alegria
Sob cabeças mórbidas
Seria muito bom fazer eclodir o vulcão da educação
Esparramando lavas de sabedoria
Veríamos as cores do progresso surgirem entre nós
Assistiríamos o mais belo nascer do sol
O sol da revolução
As luzes da vitória
Vida renovada
Vida de um povo que não se revela
Uma nação coberta de negras mantas
Esse amanhecer tão belo quanto esperado
Está longe dos olhos de nossas mentes
Mas perto da vontade de um coração brasileiro
Que pára em meio a tanta sujeira
Deixemos que nasça o desenvolvimento
Deixemos que morra a desnutrição de um elo tão rico
É preciso abrir nossos corações
É preciso ser humano
É preciso acima de tudo ter força sobre humana
É preciso ser pelo Brasil
Mais do que isso é preciso ser brasileiro.
palavras ao vento, de fernanda quadros
Nascida em 15 de novembro de 1980, na cidade de Salvador-BA, passou a maior parte da sua infância em Maragogipe-BA , Recôncavo Baiano, cidade dos seus pais e parentes.
Uma apaixonada pela Literatura e livros infantis, escreve desde pequena, iniciando sua trajetória com peças teatrais infantis na escola.
Durante a adolescência, ela retorna à capital baiana para estudar no CEFET/BA e, lá, encontra a poesia. Não parando mais de escrever seus poemas até os dias atuais.
Em 2000, formou-se técnica em instrumentação industrial e teve seu primeiro emprego no Polo Petroquímico.
Somente em 2013, já morando em Vitória da Conquista - BA, ingressa no curso de Letras da Universidade Estadual da Bahia (UESB), realizando seu antigo sonho. A segunda formação a fez retomar mais profundamente o gosto pela Literatura, pela Linguagem e pelas palavras.
Desde 2015, tem uma conta no Instagram na qual publica seus poemas, antes sob o pseudônimo Eloisa Lemos, hoje assumindo a autoria (@fernandaquadros.poemas). A forma que encontrou de colocar no mundo suas palavras.
Em 2020, torna-se mestra em Letras pela UESB.
Em 2021, ingressa no doutorado, na PUC Minas, para continuar pesquisando sobre a escrita.
Somente no ano de 2021 é que tem seu primeiro poema publicado. A Chuva se encontra na “Breve Antologia da Poesia Feminista”. Nesse mesmo ano, integrou o grupo de colunistas da revista eletrônica “Pensar a Educação em Pauta”, onde escrevia sobre Literatura e Educação.
Em 2023, os poemas “Um pôr do sol de fevereiro da Terra Fria”, “A Tarde Fria” e “Poesia de segunda”, foram incluídos na antologia “Vozes que ecoam na Joia do Sertão Baiano”.
Há mais de 10 anos reside em Vitória da Conquista, na Bahia, a quem chama carinhosamente de Terra Fria.
Fernanda Quadros é mãe, poetisa, feminista, professora e mestra em Letras pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), doutoranda em Letras pela PUC Minas.
Escrever para ela é “acalentar a alma inquieta de sentimentos”.