Leia aqui um poema de "para quem nunca cresceu inteiro", de Luiza Passini Vaz-Tostes:
Para quem ainda sente demais
Este não é um livro comum.
É uma coleção de fragmentos de mim —
uma menina que não cresceu inteira,
uma mulher que escreve para não desaparecer.
Aqui, cada poema é um eco:
do consultório branco,
do quarto bagunçado,
do silêncio entre irmãs,
do choro que ninguém vê.
Escrevi com a coragem de quem sente fundo.
Com a dor de quem se cansa do mundo,
mas ainda encontra beleza
num voo de pássaro ou num sorriso torto.
Se estas páginas chegaram até você,
é porque talvez nos pareçamos.
Talvez você também esteja tentando se costurar
com palavras.
Que este livro te abrace como um amigo antigo.
E que nele,
você reencontre pedaços seus
que também andavam perdidos.
poemas para quem nunca cresceu inteiro, de luiza passini vaz-tostes
Nasci em Minas Gerais, em 1998. Sou médica formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas foi na escrita que encontrei minha forma mais verdadeira de existir.
Escrevo desde a adolescência — por urgência, por refúgio, por amor. As palavras me acompanham nas horas mais silenciosas, e é por elas que busco sentido em meio às angústias e às delicadezas da vida.
Já publiquei Às Margens do Sentir, meu primeiro livro de poemas, e agora entrego ao mundo Poemas para Quem Nunca Cresceu Inteiro, obra que nasce dos vazios, das lembranças e dos afetos que me atravessam.
Escrevo sobre solidão, irmandade, infância, cuidado, tristeza e beleza. Acredito que a arte é forma de cuidado, e que o afeto, mesmo em silêncio, é uma forma de resistência.
Se minhas palavras tocarem alguém, já terei cumprido meu propósito.