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Leia aqui um poema de "textos que escrevi quando estava me afogando", de Franck Wirlen  Quadros:

 

Ainda lembro da gravioleira.
Lembro também do prego que você mandou cravar no pé dela,
sem que me explicasse muito o porquê.
Eu, com mãos hesitantes, fiz como pediu. Você dizia que era para ela crescer.

Naquela época, não entendi. Hoje, talvez entenda.
Ou talvez não.
Será que ela sentiu dor? Será que cresceu por causa disso?
Você dizia que a dor fazia crescer. Deve ser isso.

O fato é que ela cresceu.
Passei por lá anos depois, depois de sua partida,
depois de papai ter vendido a casa.
E a gravioleira estava lá, ainda de pé.
Mas parecia outra coisa. Ou talvez fosse eu.

 

 

textos que escrevi quando estava me afogando, de franck wirlen quadros

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  • Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Literatura (POSLIT), na Universidade de Brasília (UnB), Mestre em Letras pela Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira pela Centro Universitário Internacional, Graduação em Letras - Português com habilitação em Língua Francesa pelo Instituto de Ensino Superior do Amapá (IESAP). Integrante do grupo de pesquisa intitulado Fitopoéticas (Unb-CNPq), no qual analisa como as artes e a literatura leem a intrincada relação em que as plantas. Tem experiência na área de Fitopoéticas, Imaginários botânicos e ecológicos, Literatura e sustentabilidade, Ensino de Literatura, Livro, leitura e biblioteca, Memória e Narrativas Orais, Cultura e Literatura, Avaliação, com ênfase em Língua Francesa e Língua Portuguesa. Além de tudo isso eu sou um bicho que escreve, um menino que viveu no mato e ama a praia, vivo além do papel e da academia.

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