Leia aqui um poema de "tudo o que sou", de Déborah Rose:
PISCA, PISCANTE
Luzes da cidade, Dos carros,
Das avenidas.
O universo não é invenção minha,
É a própria ideia da noite.
Pisca,
Pisca,
Piscante.
Meus olhos brilharam,
Piscaram em uníssono.
As luzes acenderam,
E meus olhos também,
Brilharam,
Piscaram juntos.
Pisca,
Pisca,
Piscante.
A alma…
Ela se mostrou.
Essa mesma alma da qual sempre duvidamos existir.
Eu a vi,
Vi todas.
E as luzes acenderam,
E meus olhos brilharam,
E piscaram juntos.
tudo o que sou, de déborah rose
Déborah Rose nasceu em 1995, em Santo André, São Paulo. Escritora e poeta, é uma das novas vozes da ficção brasileira contemporânea, conhecida por seu olhar lírico sobre a vida e pela maneira como transforma a dor em arte.
Desde a infância, descobriu na escrita um abrigo e um espaço onde podia traduzir o mundo e os silêncios que o habitam. Ao longo dos anos, deixou o ofício das palavras adormecido, até reencontrá-lo em meio ao caos e à solidão da pandemia. Dali, a escrita ressurgiu como cura e redenção. “A ciência salva nossa carne e ossos, e a arte salva a nossa alma”, escreveu em 2022, frase que marcaria o início de sua jornada literária.
Em 2025, publicou seu primeiro livro, A Menina, a Vida e as Estrelas, obra que entrelaça ficção, poesia e reflexão existencial. Através dele, Déborah expõe as nuances do amadurecimento, do amor e da esperança, com uma voz que oscila entre o real e o simbólico, o cotidiano e o eterno.
Antes de se dedicar integralmente à arte, atuou como gerente de cafeteria, profissão que abandonou para seguir o chamado da literatura. Estudou Cinema e atualmente cursa Biomedicina em São Paulo, são áreas que refletem sua busca por compreender tanto o corpo quanto a alma humana.
Sua escrita é, ao mesmo tempo, ferida e cura, espelho e invenção. Em cada texto, Déborah Rose afirma a beleza do sentir e o poder da palavra como caminho de transformação
“Déborah Rose escreve como quem acende estrelas no escuro que resta da vida.”


