Leia aqui um poema de "versos de planta entre sonho e miséria", de José Ruy Pimentel de Castro:
Não há coisas que parem
mãos grávidas
que parem
Ávidas que gravem
que há vidas que vem
Nasce um dedo
(ou um dente)
pendurado
pela linha da vida,
perdurado
pela palma das faces
Dedo dourado
dos dédalos
que erigem labirintos
É a origem
que minora
a vida
É ação à esmo
onde se perde
a existência
versos de planta entre sonho e miséria, de josé ruy pimentel de castro
José Ruy Pimentel de Castro (ou Zé Ruy) é capixaba natural de Vitória. Reside atualmente em Serra/ES. É professor de inglês e possui trabalho fonográfico autoral. Formado em Letras/Inglês pela UFES e em Relações Internacionais pela UVV. Publicado em antologias e revistas literárias no Brasil, Portugal e Canadá. Autor dos livros "Tricotomo" (Multifoco/2019), "The Universe on the Tip of a Pen" (Travassos/2012), "Autofagia" (Oxigênio/2022) e "Toda Arrebentação que o Mar não Calou" (Pedregulho/2024), além de outros dois títulos a respeito de música.